Botswana, Foto T.Abritta, 2008

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Um Mundo de Imagens – Reflexão Óptica e Fotografia: segunda parte

Publicado no Montbläat em julho de 2007

          Retomando a nossa conversa, podemos comparar a Figura 5, abaixo, com a Figura 4 apresentada na primeira parte deste artigoEm ambas as fotos são mostradas câmaras Olympus OM1.  A diferença é que na Figura 5 a máquina é acionada com a mão direita e na foto anterior, um auto retrato usando uma superfície reflexiva, o mecanismo da máquina está invertido, sendo acionada com a mão esquerda, o que nos faz voltar à pergunta feita anteriormente: se a imagem de um espelho inverte o lado direito com o esquerdo, porque o lado de baixo não é invertido com o de cima?




Figura 5 – Fotografando com Olympus OM1.  Foto T.Abritta.

          Para responder a esta pergunta basta fazermos uma rotação de 180 graus na Figura 4, o que equivale girarmos a fotografia de modo que fique de cabeça para baixo – como mostramos na figura 6 – e tudo volta ao normal, com a máquina fotográfica sendo acionada pela mão direita do fotógrafo que agora está também de cabeça para baixo
Logo a lição que tiramos desta história é que na Natureza não existem lados privilegiados e que quando uma imagem sofre uma reflexão, a única afirmação que podemos fazer é que a imagem não será mais a mesma através de rotações
          Para os que acharam esta discussão um tanto complicada ou para aqueles que gostaram, deixamos para reflexão uma cópia da pintura surrealista de René Magritte, intitulada A reprodução proibida (V. Figura 7).



Figura 6 – Rotação de 180 graus do Autorretrato Sr. e Sra. K (V. Figura 4).



Figura 7 – La reproduction interdite, René Magritte, 1937.

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