Botswana, Foto T.Abritta, 2008

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Convite: Prêmio Alejandro Cabassa-2012

Tenho o prazer de convidar para a cerimônia de entrega dos prêmios da UBE-RJ (União Brasileira dos Escritores) de 2012, quando receberei, pelo primeiro lugar na modalidade Crônica, o Prêmio Alejandro Cabassa, com o livro “Cidades de Memórias”.

A cerimônia terá início às 15 horas do dia 26 de outubro, na Academia Brasileira de Letras, Av. Presidente Wilson 203, Castelo.
Rio de Janeiro-RJ.
 
Teócrito Abritta

Premiação UBE/RJ 2012:
Em primeiro plano com diploma: Mírian, primeiro lugar em Poesia.
Atrás: Teócrito,  primeiro lugar em Crônica e, ao lado, Isabel, Menção Honrosa em Poesia.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Ártico: Óptica & Fotografia


          A Fotografia de Natureza pode ser comparada a uma grande encenação teatral, onde o diretor não tem o poder de criar as cenas.  Simplesmente tenta captar o que vai acontecendo diante de seus olhos.  Assim, em recente expedição ao Polo Norte (ver em Extrema Latitude: ExpediçãoPolo Norte), “capturei” algumas cenas, mostradas nas Figuras 1 a 3, sugerindo algumas interpretações.

          Na primeira foto, tirada aos trinta minutos da madrugada de 10 de julho de 2012, observamos no horizonte uma faixa esbranquiçada.  Como já estávamos acima da latitude 80º em nossa navegação rumo ao Polo Norte, um por do sol fica excluído.  Lembramos ainda que neste caso o horizonte seria avermelhado.  A explicação para este registro fotográfico é que esta luminosidade branca indica a proximidade da calota polar com a reflexão da luz pelo gelo. 

          Por outro lado, quando já estamos navegando sobre o gelo e observamos um horizonte enegrecido, temos uma indicação da proximidade das águas oceânicas que absorvem toda a luz solar.

          Uma das preocupações com o derretimento acelerado do Ártico é que toda esta luz, normalmente refletida, será absorvida pela Terra, agravando o aquecimento global.
 

 

Figura 1 – Horizonte esbranquiçado?  Foto T.Abritta 2012.


          A imagem mostrada na Figura 2 foi obtida ao fotografar um helicóptero voando no horizonte com os raios solares refletidos na calota polar. 

Normalmente quando temos muitos micro cristais de gelo levados pelo vento contra uma forte iluminação solar, observamos o fenômeno conhecido por “poeira de diamantes”, ou seja, um brilho atmosférico com a luz sendo espalhada, refletida e refratada.  Na nossa imagem, apenas alguns cristais atingiram a lente fotográfica criando o efeito registrado.
 
 
Figura 2 – Cristais de gelo?  Foto T.Abritta 2012.
 

          Na Figura 3 mostramos um efeito parecido com a forma de um arco íris, só que esbranquiçado.  Como por aqui dificilmente teríamos gotículas de água em suspensão, este efeito deve ser causado por reflexões nas faces dos micro cristais de gelo e não refrações, o que implicaria nas cores resultantes da decomposição da luz. 

          A explicação completa para esta foto requer ainda uma análise mais detalhada.
 

          Para os que se interessarem por fenômenos luminosos em Fotografia de Natureza, recomendo o livro: Light and Color in the Outdoors, M.G.J. Minnaert.  Springer-Verlag, 1993.
 


Figura 3 – Arco íris esbranquiçado?  Foto T.Abritta 2012.