Suas palavras reluziam
os poemas conhecia
o cerne me seduzia.
Se a alma fosse imortal
seria seu amante ancestral.
Em sonhos de imaginação
espiei pelo buraco de sua fechadura
virtual.
Admirei-lhe as pernas
alisei seus longos
longos negros cabelos.
Mas não quero.
Não quero mais ser
um amigo virtual.
Não quero apenas
seu lado intelectual.
Quero o plural.
Não quero as cores de um avatar.
Quero o brilho ou as pausas
de seu olhar.
Sentir o quente doce arfar.
Quero ser o lobo mau
sentir o corporal
amoral sensual.
Não quero o verso que se quebrou.
Quero o anel que não me deste.
Não quero o pecado venial.
Quero o pecado capital.
Não
fuja da raia.
Não
quero rackear sua página.
Quero
é invadir a sua praia!
Escultura em cimento, Eleonora
Soledade – Visconde de Mauá, RJ.
Acervo
Teócrito Abritta.
Publicado em Antologia Verso Testemunho Prosa , Oficina do Livro - 2015.
Muito bom mesmo. Parabéns ao autor.
ResponderExcluirObrigado, Barbara!
ResponderExcluirLegal Teócrito o poema e a escultura!
ResponderExcluirBelo poema!
ResponderExcluirObrigado, Lucia. Abraços.
ExcluirObrigado, Mauro Doria. Grande Abraço.
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