Dilze? Dilze? Onde está o meu facão?
Dilze? Dilze? Onde está o meu velho punhal Caroca?
Hoje vai ter servidão nesta biboca.
Café brejeiro, feijão verde, jerimum do sertão.
Galinha capoeira, bode mamão.
Cacto facheiro, xique-xique, coroa de frade.
Esta, a visão.
Inverno-verão, chuva-secura.
Inverno-inferno – esta, a estação.
Minha casa, minha vida (a deles).
Só dissimulação, muito dinheiro pra desconstrução.
A filha da prefeita é vereadora. O filho deputado.
O marido prefeito ao lado. Tem irmão senador de estado.
Sertão-servidão-ladrão.
Dilze? Dilze? Onde está o meu facão?
Pra correr sangue neste chão.
Libertar o Sertão desta servidão!
Nota:
Caroca: Antigo e tradicional fabricante de punhais, que existia em Campina Grande, Paraíba
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