Wanda
Maria Alckmin tem o prazer de convidar para o
lançamento de seu livro de poesias Almaferida, com prefácio de Teócrito
Abritta (ver abaixo).
O
lançamento será no dia 01 de outubro, na Biblioteca Pública Estadual, Vitória,
ES às 19.00 horas.
A arrecadação com a venda dos livros
será doada ao menino Misael Caldogno, 3 anos. Ele é de Cachoeiro de Itapemirim e sofre de
uma síndrome rara, Síndrome de Willi. È de
família simples, e não tem recursos para o tratamento.
Wanda
Alckmin. Foto T.Abritta.
Almaferida
(Prefácio)
Isto mesmo! Há / uma
/ ferida... O significante impondo-se ao significado das palavras. Mensagem poética de constrangimento, dor ou
indignação.
Wanda Maria Alckmin
trilha uma bela carreira artístico-literária, com grande produção poética, publicações
de livros em literatura infanto-juvenil; passagens pela prosa e jornalismo, bem
como criação artística, sempre com engajamento social, seja em projetos
comunitários, eventos ou palestras.
A
autora é membro da Academia Espírito-Santense de Letras, da Academia Feminina
Espírito-Santense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito
Santo e da Associação das Jornalistas e Escritoras do Brasil.
Com este livro, Almaferida, Wanda, leva-nos com seus poemas a uma maravilhosa
jornada pelos grandes temas da vida, através reflexões, verdadeiras ardências
de uma Almaferida. Ardências da memória,
da pele, das lembranças afetivas, da família, a mineirice, enfim, a vida. Na pele ferida, o estranhamento, a denúncia
deste mundo injusto. Vontade de mudar. Neste labor intercala versos prosaicos com os
da aura poética: poemas plenos de não-ditos.
O livro começa e termina com
homenagens, tal uma dedicatória poética: Minha mãe / me deu / a Luz / com ela,
/ eu ilumino / a minha vida – Meu pai / me ensinou / a ser poeta / Hoje escrevo
/ sob o seu olhar.
O Ubi
Sunt? sempre presente, ora nas memórias familiares (Nas cadeiras da minha
varanda / já tomamos café da manhã / com as crianças...); nas lembranças de
brinquedos infantis (A boneca / chamei-a de Kátia... / o boneco / dei-lhe o
nome de Fred... ) e objetos simbolizando a simplicidade (Eu tinha uma
sombrinha...).
A defesa das tradições e a “mineirice”
presentes em vários poemas (Sou mineira, / Amiga e hospitaleira...), (Queria
retornar / a história dos estandartes...).
Praticamente não existe tema que não
passe pelas reflexões de Wanda: a descoberta da Sexualidade e da Vida (Senti
vergonha / me tapei / me encolhi / Senti coragem / me desnudei / vivi), (Hoje,
/ beijo-lhe / a face, / os olhos / e a boca... ); o constante desafio do viver (Vou
renascer / me restaurar / Resolvi, / valer mais para mim); a Maternidade (Sou
uma mulher / feliz / conduzi três luzes / dentro do meu corpo...); a marcha do
tempo... (Parem / atrasem os relógios / ponham mais minutos neles / A vida está
passando / pelas horas correndo).
Da vida da autora, de seu envolvimento
ainda criança com a Cultura, História e Natureza, inspiração para inúmeros
poemas (Tenho sonhos simples: / me casar, / entrar no mar / e morar com os
livros), (Eu vi / um ipê florido / eu vi...), (Na lagoa o sapo coaxa / na
parede a lagartixa espicha...) e a forte presença de Drummond em constante
diálogo (Drummond já disse / que nasceu em Itabira... / Será que eu, por nascer
em Belo Horizonte...), (Queria ter conhecido Drummond / ter tomado um café / em
sua companhia...).
Wanda Alckmin mostra também que a Arte
Literária e o Fazer Poético não são incompatíveis com a crítica social e
política. Nos seus poemas encontramos sua
insatisfação, conforme comunicação pessoal: “Escrevo com a alma de poeta e com
a dor da maioria dos brasileiros... Com alma de poeta vivo nesse emaranhado de
arranha-céus que não fazem o céu aqui na terra.”
Assim, críticas à frieza do mundo
cibernético (Eu clico / eu curto / eles me curtem...), à educação, saúde e
segurança (Pensei que governantes / governassem a nação... / que escolas
educassem as crianças...); à violência contra as mulheres (Me disseram / que
foi de tiro / que ela morreu...) e a crítica social e política (Visto-me de
terno / ponho gravata / pareço-me um “doutor”...), bem como críticas usando
técnicas de desconstrução (Tinha uma rosa / dentro da caixa... / Dentro / Tinha
um cheque / “gordo” / para você).
Nestas breves palavras tento expressar
minhas sensações com estes poemas, convidando os leitores para esta jornada de
descobertas, prazeres e esperanças:
“Ipês / colorem / de amarelo e cor de rosa
/ a água da Lagoa, e o / céu da Pampulha / Van Gogh e Monet / pintam juntos”.
Parabéns primo. É sempre muito bom doar nosso tempo e transformando-o em Amor ao próximo. Um abraço carinhoso
ResponderExcluirObrigado Inês. Para mim, dupla alegria. Pelo comentário e pela sua presença.
ResponderExcluirAbraços saudosos
Téo