Já
não encontro prazeres na escrita
–
trêmulas letras, palavras desfocadas.
Versos
fogem-me tal à harpa o som final.
Desencantados
personagens.
Já
não sinto envolvimentos
sabor
ou frescor.
Não
mais consigo criar mundos
nem
refúgios de impossibilidades.
Apenas
vazios de realidades a atormentar.
Não
mais escuto suas vozes
nem
lhes vejo os sorrisos.
Imaginários
fantasmas
angustiantes
inexistências.
Outrora,
delírios de criação.