Eu,
o disquete de 5¼”, agora aqui esquecido
os
360 Kb que guardava foi prodígio tecnológico.
Meu
corpo plástico ainda muito sobreviverá
mas
e a memória magnética há tanto deteriorada?
Não
fique triste. Eu fui sua versão moderna.
Com
apenas 3,5” armazenava 1,44 Mb.
Depois
vieram os Zip’s, primeiro de 100,
depois
250 Mb, todos dizimados pelos CD’s.
Não
sei. Eu era o futuro. Óptica unida à informática.
Filmes,
imagens, textos, tudo comigo, o DVD.
Mas
neste mundo de pen drivers,
dispositivos
de estado sólido,
tudo
evapora-se no ar.
E
eu? Nasci com nome mais nobre
era
chamado de Winchester.
Hoje,
simplesmente HD.
Vivia
no mundo dos megas.
Morro
neste mundo de gigas e teras.
Dizem
que o futuro está nas nuvens...
O
que acontecerá quando um fanático
soltar
sua bomba nuclear?
O
filósofo que a tudo escutava falou:
mesmo
quem não morrer queimado
ou
explodido, perderá seus dados.
Que
tal pensarem em algo muito antigo,
sobrevivente
de tantas catástrofes
e,
certamente, a tempestades magnéticas?
O
velho livro.
Foto T.Abritta 2012
Teu poema é um registro de tempos.Temporal.Rico de obesevações-o que não me surpreende, já que que és um anotador guardião ."O temporas, o mores!, Oh tempo, oh costumes-mas aqui não pelos costumes morais , aos quais Cícero se referia, e sim às tecnologias analógicas a digitais...Gostei muito!
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