Este
filme narra a última viagem de um solitário maquinista antes de se
aposentar. Mas, esta foi uma aventura
inusitada, descrevendo sua odisseia para encontrar a dona de um sutiã que ficou
preso no trem após passar por estreita passagem dentro de um povoado no leste
europeu, onde os trilhos eram usados como caminho, área de laser, local para
secar roupas e por aí vamos.
Podemos
dizer que o filme é a versão moderna do sapatinho da Cinderela que era
experimentado por várias mulheres.
Uma
originalidade deste filme é a ausência total de diálogos, com os personagens se
comunicando com pequenos gestos ou expressões faciais. Outro ponto marcante são as maravilhosas
paisagens do Azerbaijão e as imagens das pequenas vilas no topo das
montanhas.
Obs.
O filme pode ser visto no “Now”.
Este
filme, com o trem passando rente às casas da vila, me fez lembrar um fato
narrado pelo gerente de uma distribuidora de açúcar, que ficava em um galpão na
Ponta do Caju, no Rio de Janeiro: os sacos de açúcar chegavam de trem e depois
de descarregados ficavam estocados no galpão ou eram transferidos diretamente
para os caminhões que fariam a distribuição pelos mercados.
Mas, tinha um problema,
pois os trilhos ficavam quase que cobertos pelas construções de diversas
favelas. O trem vinha apitando, pessoas
tirando cadeiras dos trilhos, outros fechando janelas e portas.
Como
não havia recolhimento de lixo nas favelas, os moradores atiravam tudo sobre o
trem, que chegava soterrado por uma montanha de lixo. A distribuidora tinha que contratar garis e
caminhões para desenterrar os vagões e depois retirar a lona que cobria os
sacos de açúcar.
Soluções
para a desídia do poder público!